
Laboratório do futuro é o tema deste artigo. A arquitetura dos laboratórios em diversos segmentos – clínico, farmacêutico, alimentício, químico, entre outros – vem se transformando ao longo dos últimos anos para que a adequação dos espaços frente às mudanças deixe de ser um processo altamente complexo e custoso. Nesse setor, tudo muda muito rapidamente: conceitos, equipamentos, carga de trabalho, processos. De uma hora para outra, o laboratório pode precisar de uma reforma.
No Brasil, a deficiência dos espaços é uma das principais não conformidades encontradas em auditorias, tanto em quantidade como em qualidade. Na hora de modernizar o laboratório, incluir novos equipamentos ou ampliar a área de produção, descobre-se que os custos e as dificuldades serão maiores do que se previa. A reforma vai ficar mais cara, por exemplo, se paredes e bancadas tiverem de ser demolidas ou se toda a instalação de água, esgoto, luz e canais de voz tiver de ser refeita.
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No passado, a maioria dos laboratórios consistia em pequenas salas separadas por paredes fixas, da alvenaria ou concreto. As bancadas eram feitas sob medida e montadas de forma permanente, assim como o encanamento e a fiação eram embutidos nas paredes, sem acesso direto.
Eficiência, conforto e segurança para os laboratórios
Quando ocorriam mudanças de tecnologia, equipamento ou fluxo de trabalho, havia apenas duas opções: não fazer nada e a eficiência, o conforto e a segurança se deteriorarem até níveis intoleráveis; ou realizar uma reforma dispendiosa. Você sabia que custa 50% mais por metro quadrado demolir uma parede do que fazer uma nova construção?
É por essas razões que a arquitetura laboratorial se modernizou, passando a disseminar novos conceitos. Atualmente, o laboratório deve ter alta funcionalidade, ser um local seguro, confortável e atraente, estar sempre pronto para as modificações a baixo custo e não exigir reformas estruturais por, pelo menos, dez anos. Os principais desafios nesse novo conceito são flexibilidade, limpeza e desinfecção, ergonomia e custos no longo prazo.
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Espaço modular
O novo paradigma da arquitetura laboratorial propõe laboratórios sem paredes internas e bancadas modulares. O planejamento modular favorece tanto a reorganização do fluxo de trabalho quanto o movimento dos funcionários no plano horizontal. Essa flexibilidade permite mudar de lugar as áreas técnicas e burocráticas sempre que necessário, sem grandes transtornos ou custos.
Hoje em dia, os móveis modulares são confeccionados em material resistente à umidade, bactérias e fungos, de fácil limpeza e podem ser remanejados rapidamente a custos baixos. São feitos sob medida com aprovação prévia do layout.
Portanto, os laboratórios modulados, construídos com materiais adequados e indústrias especializadas, representam uma instalação rápida e econômica. Além disso, possibilitam remanejamentos de baixo custo, com poucas interrupções no processo produtivo, e inclusão de novos componentes a qualquer momento. A palavra de ordem é flexibilidade.