
➡️ Brasileiros que apoiam o governo são os que mais querem estar na rua
O Brasil todo está reabrindo, isso é fato. Mas a retomada das atividades econômicas, mesmo com a curva de contágio pelo novo coronavírus ainda em um patamar elevado, não gerou segurança para toda a população voltar a circular.
Na verdade, os brasileiros que mais querem estar nas ruas são os que mais aprovam o governo de Jair Bolsonaro, segundo revela uma pesquisa de opinião inédita do Ideia Big Data, realizada por telefone entre 10 e 13 de agosto, com 1.200 pessoas, a pedido da EXAME.
A predominância da resposta “voltou a frequentar normalmente desde a reabertura” em apoiadores do presidente foi identificada em todas as perguntas feitas, desde o retorno às aulas até a reabertura de shoppings, comércios, igrejas, bares e restaurantes.
De acordo com o levantamento, o percentual de pessoas que aprovam o governo e também concordam com a volta das aulas nas escolas é de 34,9%, ante 13,8% da parcela que nem aprova nem desaprova e 13,6% dos que desaprovam. O mesmo se repete em relação a quem considera que, se as escolas fossem reabertas, a maioria dos alunos voltaria a frequentar.
Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro se colocou como uma voz contrária às medidas de isolamento social, consideradas por cientistas de todo o mundo como a política mais eficaz para frear a transmissão da covid-19. Hoje, o país é um dos epicentros da transmissão do vírus, com mais de 3 milhões de casos e 105.000 mortos.
Em relação ao retorno às igrejas e templos, a maioria daqueles que aprovam o governo federal (16,2%) já está frequentando cultos e missas normalmente, ante 2,8% daqueles que não aprovam e nem desaprovam, e 2,7% dos que desaprovam.
Shoppings e comércios, os aliados do presidente também estão bem mais ativos: dos entrevistados, 21,2% afirmaram que voltaram normalmente a frequentar os espaços, ante 7,8% dos neutros e 3,5%, dos opositores.
No caso, de bares e restaurantes, 16,7% daqueles que aprovam o presidente afirmaram que estão indo, ante 8,7% dos que não aprovam nem desaprovam, e 2,5% dos que desaprovam.
“Os dados não deixam dúvidas: quem apoia o governo está circulando mais”, diz Maurício Moura, fundador do Ideia Big Data e pesquisador da George Washington University na área de políticas públicas.
A amostra da pesquisa foi equilibrada para garantir representatividade de faixa etária, gênero, escolaridade, classe social e regiões do país. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
Mais igreja menos consumo
Excluindo recortes específicos dos entrevistados, como sua simpatiza pelo governo, a pesquisa também colheu informações da população em geral para descobrir qual o status do retorno das atividades de igrejas, comércios, shoppings, bares e restaurantes.
Em resumo, a conclusão é a de que a parcela dos brasileiros que ainda vão esperar mais para começar a frequentar os estabelecimentos é maior quando se trata de bares e restaurantes e menor quando se trata de igrejas e templos.
Nessa questão, 66,3% dos entrevistados disseram que ainda não estão prontos para voltar a sair para comer e beber, ante 56,3% que vão esperar um pouco mais para ir a shoppings ou comércio e 55,3% que não estão indo à igreja.
“Igrejas e templos são o que têm o menor índice de que vão ‘esperar mais um tempo para frequentar’. É por isso que a economia está tão fragilizada, não há consumo, mas há reza”, afirma Moura.
O levantamento revela também que 75,3% dos brasileiros discordam do retorno às atividades escolares. E, caso haja volta às aulas, 54,1% consideram que poucos alunos voltariam. Só 4,7% acreditam que “a quase totalidade dos estudantes retornaria” e 17,5% crêem que “a maioria voltaria”.
Uma conclusão relevante em relação às escolas, segundo Moura, é a de que a maioria esmagadora (63%) considera que é responsabilidade dos pais e não do gestor público decidir se uma criança volta para a escola ou não.
“Isso é reflexo tanto da descrença da população com os gestores públicos quanto do entendimento de que os pais sabem o que é melhor para seus filhos.”
Fonte: Exame
➡️ Abrafarma realiza 7ª edição do Future Trends em formato digital
A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) confirmou a realização virtual da 7ª edição do Abrafarma Future Trends, maior congresso do varejo farmacêutico da América Latina, entre os dias 14 e 18 de setembro. Este ano, um dos principais temas será o reflexo da Covid-19 para a cadeia de saúde e para o futuro da farmácia.
Estimativas da Associação mostram que o evento deverá mobilizar seis mil dirigentes, executivos e formadores de opinião ligados ao varejo, ao atacado e à indústria farmacêutica. “Neste momento de pandeia, avançamos cinco anos em cinco meses. O varejo assimilou lições importantes que modificarão a forma como as lojas se relacionarão com o cliente. A acelerada transformação digital importada pela Covid-19 é um dos assuntos da pauta desta edição”, afirma Sergio Mena Barreto, CEO da entidade.
Programação do Future Trends
O evento ocorrerá por meio de uma plataforma digital, e serão mais de 30 horas de conteúdos divididos em dois painéis: o “Super Sessões”, dedicado a debates com especialistas internacionais; e o “Encontre o Varejista”, em que as 26 redes associadas da Abrafarma apresentarão estratégias de negócios voltadas para a indústria farmacêutica.
No dia 15 de setembro, a partir das 9h, palestrantes discutirão o futuro da saúde. Em seguida, o debate será sobre “A nova dinâmica da cadeia de valor da saúde”. Ao final, os curadores do evento Alberto Serrentino e Eduardo Terra farão reflexões e darão exemplos dentro da realidade do varejo farmacêutico.
No último dia do evento, o ciclo de palestras será retomado, abordando as tendências, inovações, desafios e transformações das farmácias. Toda a dinâmica do evento será explicada pela Abrafarma no dia 9 de setembro.
Segurança da transmissão
Vários procedimentos foram adotados pela Associação para garantir a qualidade digital da exibição e a segurança no acesso à plataforma. Somente pessoas cadastradas previamente poderão participar, e cada convidado receberá diariamente um token para acesso às salas. Os palestrantes ministrarão conteúdos dentro de um estúdio com transmissão ao vivo, mas haverá chats para interação dos convidados.
Fonte: Revista da Farmácia
➡️ Anvisa esclarece informação sobre retenção de receita para cloroquina e ivermectina
Fonte: Revista da Farmácia
➡️ ABRAFAD cresce 13% e fatura R$ 1,8 bilhão em 12 meses
Entre julho de 2019 e junho de 2020, o mercado farma brasileiro, representado por redes de farmácias, grupos associativistas, franquias e farmácias independentes teve um faturamento de R$ 118 bilhões, 11% a mais do que o ano anterior. Desse total, a Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (ABRAFAD) contribuiu com 13%, totalizando R$ 1,8 bilhão de faturamento, como mostram dados da IQVIA.
Crescimento da ABRAFAD em números
Em unidades, no mesmo período, o mercado farma teve um crescimento de 7,5%, sendo alavancado por associações, franquias e farmácias independentes. A ABRAFAD registrou vendas de 109 milhões de unidades, o equivalente a 14,6%. No ano anterior, o aumento foi de 10,6%.
Com nove grupos associados, a Associação representa 1,5% do mercado financeiro global e 2% em unidades, destacando-se nas regiões Sudeste e Nordeste. No primeiro semestre de 2020, as redes da ABRAFAD registraram vendas de R$ 943 milhões. No primeiro trimestre (janeiro a março), as vendas foram de R$ 464 milhões, enquanto no segundo somaram R$ 479 milhões.
Evolução da Associação
O diretor-executivo da ABRAFAD, Nilson Ribeiro, revela que as associações e franquias têm demonstrado evolução nos últimos anos, inclusive acima das redes e farmácias independentes: “Isso mostra que a organização do varejo independente em grupos corporativos, unindo forças para se tornarem mais competitivos e investirem em modelos de gestão eficientes, fundamentados em treinamento, ferramentas, indicadores de performance, relacionamento com fornecedores e foco no consumidor, faz muita diferença”.
Metas para futuro
Até o fim do primeiro semestre, a ABRAFAD reunia 1,9 mil pontos de venda em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Ceará, Pará, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Santa Catarina. A meta é chegar a três mil PDVs associados até o fim do ano. Para isso, a diretoria busca redes associativistas com mais de 25 lojas no País. “Estamos também fechando mais parcerias com as indústrias, distribuidores e prestadores de serviço para fomentarmos ainda mais negócios para nossas redes”, finaliza Ribeiro.
Fonte: Revista da Farmácia
➡️ Consumo de remédios psicotrópicos cai 22%
Um estudo da ePharma constatou que o consumo de remédios psicotrópicos caiu 22% no primeiro semestre do ano. Os medicamentos, prescritos por programas corporativos, inibem ou estimulam o sistema nervoso central e tratam doenças como depressão, epilepsia, esquizofrenia, insônia e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
De acordo com a pesquisa, 95.829 unidades foram comercializadas nos seis primeiros meses de 2020 contra 123.588 vendidas no mesmo período anterior. Na comparação entre junho e o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 57%. Em contrapartida, dados do Ministério da Saúde apontam que o número de brasileiros com quadros de depressão e ansiedade cresceu 32,6% desde o início da pandemia da Covid-19.
Entre os remédios dessa classe terapêutica, 32,26% pertencem aos cinco grupos de princípios ativos mais prescritos da lista. Os campeões são: Zolpidem (17.076 unidades consumidas), Clonazepam (14.993), Alprazolam (14.799), Escitalopram (12.243) e Sertralina (11.692).
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
➡️ Covid-19 é considerada acidente de trabalho, decide STF
Em liminar nesta quarta-feira, dia 12, o STF decidiu que a contaminação de profissionais por Covid-19 é considerado como acidente de trabalho e doença ocupacional.
Até então, a norma 927/2020, publicada em 22 de março, flexibilizava as regras trabalhistas no período de enfrentamento da pandemia.
No artigo 29, havia sido definido que os casos de contaminação pelo coronavírus não seriam considerados ocupacionais, exceto quando for comprovado que o trabalhador foi infectado em razão do trabalho.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
➡️ Raia Drogasil investe em lojas populares
As lojas voltadas às pessoas de classe média e de menor poder aquisitivo já representam 64% da rede do grupo
Nem mesmo a crise gerada pela Covid-19 foi capaz de conter o ímpeto do plano de expansão da Raia Drogasil (RD). A empresa que já vinha estabelecendo um contraponto à desaceleração de outras redes mesmo antes da pandemia, manteve intacto o plano de abertura de ao menos 240 unidades neste ano.
Entretanto, essa escalada em curso tem sido marcada por uma estratégia em especial: ampliar a presença da companhia junto à classe média, na contramão do movimento realizado anos atrás, marcado pela aposta em farmácias de perfil mais premium.
“Nós já vínhamos olhando para os mercados mais populares há alguns anos. Fomos melhorando e agora começamos a chegar realmente em um número que nos impressiona”, disse Marcilio Pousada, presidente da RD, em teleconferência com analistas realizada nesta manhã, 12 de agosto. “Essa estratégia nos permite entrar não apenas nas periferias das grandes cidades, mas também nas cidades menores.”
O segundo trimestre traz um pouco desse panorama. No período, a RD abriu 55 lojas. Desse total, 82% envolveram unidades nos formatos híbrido e popular. Com essa guinada, atualmente 64% dos pontos de venda da RD se encaixam nesses dois perfis, totalizando 1.382 unidades, das quais 508 foram inauguradas nos últimos três anos.
Lojas populares da Raia Drogasil
“As lojas híbridas falam com a classe média expandida, mas também com outros públicos, assim como as populares e superpopulares, que estamos tratando em um bloco só”, disse Eugenio De Zagottis, vice-presidente de planejamento corporativo e de relações com investidores da RD. “Se não estivéssemos abrindo essas unidades, não estaríamos crescendo mais em mercados como Salvador.”
Esses formatos mostraram força no segundo trimestre e ajudaram a compensar o impacto no volume de vendas; atribuído, em parte, às lojas premium, localizadas em sua maioria em shopping centers. No período, o lucro líquido da RD recuou 60,2%, para R$ 60,2 milhões. Já a receita líquida foi de R$ 4,46 bilhões, alta de 5,8% sobre o mesmo período, um ano antes.
Nesse cenário, as vendas totais nas lojas populares avançaram 15,5% e nas lojas híbridas, 9,1%. Já nas unidades premium, houve uma queda de 1,6% na comparação anual. “Nesse terceiro trimestre, já estamos vendo quase uma normalização nas lojas de rua”, disse Pousada. “A conta que ainda estamos pagando é das unidades dos shoppings.”
Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, do BTG Pactual, destacaram a capacidade de execução da RD, aliada a “um plano de expansão agressivo, em novas regiões e formatos”, como um dos pontos fortes da operação. Já no pregão da B3, as ações do grupo, avaliado em R$ 36,8 bilhões, operavam com uma queda de 2,29%, por volta das 12h50.
Hubs de saúde
Na teleconferência, os executivos da RD destacaram ainda os avanços na estratégia de consolidar suas lojas em hubs de saúde; com a prestação de serviços que vão além da venda de medicamentos e produtos de higiene e beleza.
“Já temos 1.450 salas de aplicação de injetáveis no Brasil inteiro e 43 lojas com licença de vacinação”, ressaltou Pousada, que também destacou a oferta de testes de Covid-19 em mais de 800 lojas da rede, em 213 cidades, de 22 estados. “Nós fizemos 225 mil testes sorológicos do coronavírus no trimestre.”
O digital foi mais uma área que mereceu atenção no resultado, ao alcançar uma participação de 7,6% nas vendas totais do varejo da rede, entre abril e junho. “Em algumas cidades, essa penetração já fica entre 15% e 18%”, disse Pousada.
No período, outros fatores ressaltados foram o lançamento do serviço de entrega de vizinhança, em 100% da rede; um projeto-piloto de telemedicina voltada aos consumidores; e o volume de 1,4 milhão de downloads do aplicativo da rede, cuja base já soma 3,7 milhões de usuários.
Fonte: NeoFeed
➡️ Prescrição médica digital é uma solução ágil e inteligente em tempos de pandemia
A cada dia que passa, a tecnologia possibilita mais inovações no mercado da saúde. As consultas à distância por meio da telemedicina já são uma realidade no Brasil desde que a pandemia do novo coronavírus mudou a forma das pessoas viverem. Dessa forma, o Governo Federal sancionou a Lei 13.989/20, que regulamenta, em caráter temporário, a prática da medicina através de plataformas digitais. Nesse contexto, a receita médica digital, acabou se tornando uma necessidade e também uma grande aliada para que os profissionais possam fazer prescrições aos pacientes à distância.
A receita eletrônica pode ser apresentada como um documento digital, que deve ter a assinatura do prescritor certificada digitalmente, ou seja, o médico precisa possuir a autorização para realizar esse tipo de prescrição, segundo a regulamentação da ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira), sistema de certificação digital brasileiro. Ainda neste âmbito, conforme a Lei 13.989/20 e pela Portaria da Telemedicina, editada pelo Ministério da Saúde, o receituário pode ser enviado em formato digital, seja por e-mail ou mesmo por aplicativos, assim o paciente pode encaminhar o documento à farmácia para a compra do medicamento.
É importante enfatizar, que para preservar o paciente e também as farmácias, o Governo Federal criou uma forma de validação dessas prescrições e também atestados médicos pela internet. O “Validador de Documentos Digitais” permite que médicos, pacientes e farmacêuticos mantenham o relacionamento de forma 100% online e com segurança no envio de documentos. A Docway é uma das empresas que se adaptou a esse novo serviço, o Responsável Técnico Médico da empresa, Dr. Aier Adriano Costa, explica que os certificados digitais são gerados por empresas especializadas na validação e confirmação dos dados dos médicos, e somente com este certificado é possível que o profissional assine as prescrições digitais. “É um processo muito seguro, porém para evitar qualquer tipo de fraude o médico deve ter cuidado com suas senhas e só utilizar seu certificado digital em computadores de uso pessoal ou que sejam seguros, devendo evitar computadores públicos. O paciente a qualquer momento consegue verificar se o documento digital foi assinado digitalmente e se é um documento válido através do site: assinaturadigital.iti.gov.br”, enfatiza Costa.
O portal de validação de documentos digitais foi criado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), com apoio técnico dos Conselhos Federais de Medicina e de Farmácia. Sua principal função é a validação das receitas em meio digital (formato PDF) quanto a sua autoria, se assinada por um médico habilitado, e se dispensada por um farmacêutico. Permite ainda verificar a integridade do documento assinado com certificado digital ICP, ou seja, confirma se ele não foi ou não adulterado.
Dentro dessa nova realidade, receber uma receita médica por SMS ou e-mail é uma facilidade real e palpável. Além disso, para se conseguir uma, é preciso passar por uma consulta, da mesma maneira que seria no mundo pré-isolamento social. Assim o tratamento é direcionado por um médico, que explica e engaja o paciente a ter os cuidados adequados. “A prescrição digital tem inúmeros benefícios. Sabemos que as entradas nos serviços de saúde estão difíceis, superlotadas e grande parte dos atendimentos pode ser resolvida com uma orientação adequada aliada à prescrição médica. Desta forma, os serviços de telemedicina podem realizar consultas, desafogando o sistema. Além disso, neste momento de pandemia ainda se reduz o nível de contaminação e disseminação do Coronavírus”, enfatiza o Responsável Técnico Médico da Docway.
Esse ecossistema digital criado para as demandas da saúde durante a pandemia se torna necessário, garantindo o acesso à saúde. Tudo parte da teleconsulta, pois assim o paciente evita a automedicação, tendo mais segurança em seu tratamento, mostrando como o uso da telemedicina pode ser uma ferramenta ágil e eficaz para o déficit dos serviços de saúde. “A telemedicina veio para facilitar e dinamizar o Sistema de Saúde, além de solucionar os problemas de baixa complexidade de maneira rápida, sem a necessidade de deslocamento do paciente e do médico. Além disso, a telemedicina tem também a finalidade de direcionar o paciente para uma melhor assistência médica, seja ela para um pronto atendimento ou a um especialista, caso necessário. Sendo assim, a telemedicina se torna uma maneira importante de diminuir significativamente as filas de atendimento presencial facilitando, assim, o atendimento de quem realmente precisa”, finaliza Costa.
Fonte: Portal Hospitais Brasil
➡️ Hospital da Unimed Sorocaba apresenta um dos melhores resultados do Brasil na recuperação de pacientes internados na UTI
Após transcorridos cerca de cinco meses desde que a pandemia chegou ao Brasil, o Hospital da Unimed Sorocaba (SP) já possui dados estatísticos consistentes ligados à questão. E os resultados são considerados excelentes – como, por exemplo, o índice de pacientes que tiveram alta da UTI, muito maior que as médias nacionais e internacionais.
Dentre as estatísticas apuradas, o Hospital da Unimed Sorocaba registra 86,1% de alta. Já a média nacional e internacional (de acordo com a literatura médica disponível) varia entre 30% e 60%. Mesmo nos principais hospitais de excelência esse indicador não chega a 80%. Assim, a instituição médica sorocabana começa a ser considerada como referência no tratamento de pacientes graves da Covid-19.
As causas do sucesso
As particularidades da Covid-19 são muitas. Dentre outras comprovações já conhecidas, sabe-se que o índice de letalidade é inversamente proporcional à qualidade dos serviços.
Na Unimed Sorocaba, os principais fatores determinantes para atingir o índice de 86,1% de sucesso com pacientes internados na UTI foram:
- a coesão e capacitação de todo o grupo multiprofissional – sem qualquer exceção;
• os maciços investimentos da Cooperativa na atualização do seu parque tecnológico hospitalar e na capacitação do corpo clínico e multiprofissional.
• a implementação de protocolos de condutas, incluindo a paramentação e desparametrização de todos os profissionais da assistência que têm contato com os pacientes da Covid-19.
Novo coordenador médico
Desde o dia 6 de agosto, a coordenação médica da UTI Adulto do Hospital da Unimed Sorocaba é desempenhada pelo intensivista e infectologista Mário Sérgio Moreno, que já integrava a equipe formada por 30 médicos intensivistas e ocupou a Diretoria Técnica do Hospital durante os últimos seis anos.
Antes dele – e durante os últimos onze anos –, quem desempenhava a função era o intensivista e clínico-geral Setembrino Ferraz Júnior, que continua como diarista e plantonista na UTI Adulto. Segundo ele, o alto índice de sucesso no tratamento dos pacientes graves da Covid-19 é resultado de um processo que se iniciou anos atrás, com a construção de uma Unidade Semi-Intensiva e do Escritório da Qualidade. “A Semi-Intensiva serviu como uma verdadeira escola médica, sobretudo para os médicos mais jovens”, destaca.
Setembrino também pontua a importância de a Unimed Sorocaba proporcionar aos seus cooperados, principalmente os intensivistas, cursos como o Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS), Fundamental Critical Care Support (FCCS) e um específico para ventilação mecânica, por exemplo. Todos são de padrão internacional e, consequentemente, seus custos são bastante expressivos.
A pandemia chegou ao Brasil quase ao mesmo tempo em que a Unimed Sorocaba inaugurava a ampliação da sua UTI Adulto, com 30 leitos. “Evidentemente, houve uma mudança na forma de trabalhar nesses últimos meses”, pontua Mário Moreno. “Agregamos três diaristas à equipe de plantonistas que atuam em conjunto com o coordenador-médico. Isso ajudou muito no acompanhamento horizontal dos pacientes”, explica. “É importante destacar que o coordenador-médico da UTI não se limita a desempenhar apenas um comando gerencial. Ele é uma figura que atua direta e integralmente nas rotinas assistenciais diárias”, ressalta.
Dados
Algumas das principais estatísticas apuradas pela Unimed Sorocaba e relacionadas à Covid-19 (atualizadas até o dia 6 de agosto) são:
- 328 pacientes internados na Enfermaria
• desses, 122 precisaram ser transferidos para a UTI
• 17 foram a óbito (13,9%)
• 27% eram mulheres e 73 eram homens
• 5% dos 1.115 médicos cooperados se infectaram (incluindo os que atendem somente em seus consultórios)
• entre os 2.133 colaboradores, a taxa de infecção foi de 7% (taxas consideradas extremamente baixas diante dos dados mundiais)
• um colaborador foi a óbito
• foram identificados 2.300 casos
• foram realizados 6.500 exames de PCR
• desses, 2.100 deram positivo (32%)
• o tempo médio de permanência na UTI é de 7 dias para pessoas entre 30 a 39 anos e de 11 para os que têm mais de 60
• os pacientes ficam em ventilação mecânica por uma média de seis dias (abaixo do tempo médio citado na literatura médica)
Fonte: Portal Hospitais Brasil